enredos confabulam
madrugadas inesperadas
fantasmatas doces
criadas no sigilo do escuro
um canto selvagem me veste
e a pele rasgada te exalta
a sede do momento
em frenesi contra a luz
o volume da respiração
acelerada
quase pronta para morrer
essas narrativas em neon
que a razão quer atenuar
e o acaso carnavalesco,
festivamente,
teima pôr em movimento

Ângela Coradini vive em Cuiabá-MT, é poeta e editora na revista eletrônica Ruído Manifesto (www.ruidomanifesto.org). Fez doutorado em Cultura Contemporâne e atua como roteirista e diretora de curta-metragens. Tem pesquisa sobre filmes e séries com temáticas de futuridade. É autora dos livros "Imagens-espectro de futuridades no Amplo Presente" (EdUFMT) e do livro de poesias "Já não podem ser amanhã..." (Carlini e Caniato)