Chuva*
Sempre a chuva,
inspiração molhada,
dedos frios,
alma dolorida.
Homens, mulheres,
trabalho, desamor.
Tudo adormecido
como meus dedos.
Coração encouraçado,
homens tartarugas
encaçapados em sua
inutilidade.
Chuva.
Chuva fria
chovendo sobre minha solidão.
Nenhum abrigo me protege.
Sinto frio.
Molho-me até os ossos.
*Poema enviado pelo autor, atendendo à solicitação do tyrannus

Luiz Alberto Schwab de Mello nasceu em Joinville (SC). Já viveu em Santos (SP), mas reside em Curitiba (PR), desde 1990. É formado em engenharia química e atualmente está aposentado. Apreciador da leitura, vai de bulas de remédios até o que está escrito nas estrelas. Declara que escrever, para ele, foi sempre necessário. Nunca publicou nenhum livro, mas escreve versos há muito tempo e distribui seus escritos junto a família e amigos. É casado com Maria Rosa, com quem tem três filhos e duas netas